terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Que organização ecologista?

Não poderemos estar de acordo - o que não significa que não devamosagir, pontualmente, em conjunto - com as propostas apresentadas pelasprincipais correntes do movimento ambientalista, como aconservacionista e a ambientalista, que é onde se inserem asprincipais organizações existentes nos Açores (1). Com efeito,qualquer uma das correntes defende que com pequenas alterações aomodelo de sociedade actual é possível ultrapassar os problemasambientais actuais, uns acreditando que o “capitalismo de mercado”está em condições de regular tudo e outros defendendo que com umalimitada intervenção estatal tudo entraria nos eixos.Quanto a nós, não temos qualquer dúvida que é o capitalismo, seja eleliberal ou de estado, o responsável pela crise global que afecta todosos habitantes do Planeta. Por isso, defendemos que com a manutenção dasociedade actual não conseguiremos acabar com a “mercantilização danatureza” pelo que devemos apostar na educação do ser humano de modo aque numa sociedade futura haja uma diferente relação entre asdiferentes espécies (incluindo a humana) e a natureza.As principais organizações de ambiente, no nosso país, (sobre) vivemtotalmente dependentes de apoios estatais ou das empresas, cada vezmais funcionam com base em pessoal contratado, acabando o voluntariadopor constituir um recurso marginal, e as decisões são tomadas de cimapara baixo, ao invés de contarem com o contributo dos activistas.Nos Açores, a situação não é muito diversa, parecendo-nos que, quandose trata de capacidade de decisão, por vezes, não existem colectivosmas sim pessoas singulares. No que diz respeito ao financiamento, nãotemos dúvida que, enquanto o das empresas não existe ou é residual, oestatal é o que ainda mantém algumas associações.Se queremos criar uma organização e novo tipo, devemos basear a suaorganização interna, entre outros, nos seguintes princípios:
1- A organização ecologista deve ser autónoma, em relação às outrasinstituições, nomeadamente ao Estado, aos partidos políticos, aossindicatos burocratizados, às igrejas, às empresas, etc.
2- O processo de tomada de decisões tem de ser ágil. Emboraconsideremos que o consenso deva ser procurado, dado que o mesmopoderá ser pouco eficiente, defendemos que, após o devido debate, asdeliberações devam ser tomadas por maioria;
3- A democracia directa deve ser o método de tomada de decisões, istoé, todos os membros devem participar, de forma igualitária, noprocesso de tomada de decisões;
4- Cada membro deverá agir com responsabilidade, isto é, deve teriniciativa e assumir as tarefas e cumpri-las, evitando que poucosfiquem sobrecarregados;
5- Os activistas devem agir com ética de modo a que sejam fomentadas acooperação, a solidariedade e o apoio mútuo.6- No caso de representação da organização, o mandato dosrepresentantes deve ser imperativo, ou seja, as posições daqueles sãoas discutidas previamente no colectivo e não as suas. Para além disso,e da obrigação de prestarem contas à organização, os mandatos devemser revogáveis a qualquer momento (2);
7- Os membros dos órgãos sociais das organizações também devem termandatos temporários, rotativos e revogáveis a qualquer momento.Ninguém se pode petrificar em nenhuma função.
(1) Achamos insuficiente, também, o ambientalismo “mudança de estilode vida” ou a educação ambiental que é feita, sobretudo pelasEcotecas, que pouco mais é do que ensino da biologia, sensibilizaçãopara a valorização do património natural ou doutrinação para aalteração de comportamentos, já que não reflecte nem põe em causa osresponsáveis pelos problemas nem aponta verdadeiros caminhos para asua superação.
(2) . Não é isto o que se passa na “democracia representativa”. Serdirigente/ representante de uma organização é para muitos um rentávelmodo de exposição pública, um trampolim para um emprego, um governo ouparlamento, etc. Autor Teófilo Braga
Coloquei este texto da autoria do amigo Teófilo, dado que no interior se passa o mesmo, passa-se o mesmo em todo o lado mas no interior vê-se mais este tipo de jogadas quando as pessoas só assumem os cargos de qualquer organização para subir mais na vida e se mostrarem ao povo mas na realidade não valem nada e andam só a procura de uma escada cada vez mais alta, mas cuidado que a queda pode ser grande....

domingo, 21 de dezembro de 2008

Cientistas portugueses e espanhóis propõem salvar lince ibérico recuperando diversidade genética do coelho

19.12.2008 Lusa
Cientistas portugueses e espanhóis propõem uma nova estratégia para salvar da extinção o lince ibérico assente na recuperação da diversidade genética do coelho, a sua principal presa, e do seu habitat natural.A proposta é apresentada por Márcia Barbosa e colegas das universidades de Évora, Málaga e da Estação Biológica de Doñana num estudo a publicar na revista científica internacional Diversity and Distribution, especializada em biogeografia da conservação.O felino mais ameaçado de extinção em todo o mundo alimentava-se até ao século passado de duas linhagens genéticas de coelho com habitat em duas zonas distintas da Península Ibérica, uma situada no nordeste e outra no sudoeste.Os dois animais surgiram aproximadamente ao mesmo tempo na península e evoluíram em conjunto ao longo do último milhão de anos, período durante o qual estabeleceram inter-relações complexas cuja preservação é agora defendida pelos cientistas.Devido a doenças, a população de coelhos do nordeste sofreu nos anos 1980 uma redução drástica que foi acompanhada por um declínio da população de linces, tendo estes passado a ficar confinados ao sudoeste, numa área que abrange Espanha e Portugal.As duas zonas geográficas são, grosso modo, separadas por uma diagonal situada entre Vigo e Múrcia, sendo que o lince foi ficando relegado à parte esquerda desta diagonal e, mais recentemente, ao sul desta área.Perante esta situação, a equipa de investigadores procurou saber se o declínio do lince seria apenas um problema de falta de coelhos ou também, como suspeitavam, de falta de diversidade desta presa.Para testar esta hipótese desenvolveram dois modelos matemáticos, um para cada espécie, em que relacionaram conjuntos de factores ambientais, como o clima e o estado dos solos, com a abundância da população.Os modelos foram depois usados para testar se a razão principal do declínio do lince eram variações ambientais ou variações nas populações de coelhos, tendo a conclusão apontado fortemente para a última hipótese.A equipa constatou também uma associação negativa entre a linhagem de coelhos do sudoeste, a única actualmente ao dispor do lince, e as condições óptimas de vida do coelho, sugerindo que esta subespécie não está a prosperar, contrariamente à do nordeste, o que compromete ainda mais a situação do lince."Os planos de conservação actuais consistem em tentar manter ou reintroduzir o lince no sudoeste, com a ajuda de repovoamento de coelhos, mas os resultados não têm sido satisfatórios", disse à Lusa Márcia Barbosa, que durante o estudo estava a fazer o seu doutoramento na Universidade de Málaga (Espanha)."Propomos complementar isto com reintroduções de lince também em zonas mais a nordeste, de onde o lince se extinguiu há mais tempo, mas onde os coelhos hoje em dia parecem estar a dar-se melhor", afirmou."Isso permitiria ao lince contar com toda a diversidade natural da sua presa", acrescentou.O objectivo é restabelecer as antigas inter-relações entre os dois animais, de modo a que o lince volte a contar, como no passado, com ambas as linhagens genéticas do coelho, reduzindo-se desse modo o risco de doenças ou mudanças ambientais que prejudiquem mais uma raça do que a outra."Já é bastante arriscado para um predador limitar-se a uma só espécie de presa, mas quando o lince se viu restringido ao quadrante sudoeste da península ficou também restringido a uma das duas raças de coelho, aumentando ainda mais o risco", acrescentou a investigadora."Vieram depois as doenças do coelho, que ainda por cima parecem ter afectado mais a raça do sudoeste, e ficou o caldo entornado", comentou.Para outro dos autores do estudo, Raimundo Real, do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Málaga, "há também que ter em conta que o coelho tem uma estratégia reprodutora muito diferente da do lince e pode recuperar depois de vários anos de declínio"."É que se durante vários anos seguidos as populações de coelho escassearem, o lince poderá extinguir-se localmente", referiu o investigador espanhol à Lusa.Associadas a este estudo estão a Estação Biológica de Doñana, a Universidade de Málaga, o Imperial College de Londres e a Universidade de Évora. Márcia Barbosa participou no trabalho na Universidade de Málaga, quando estava a fazer o doutoramento, depois no Imperial College de Londres, onde faz actualmente um pós-doutoramento, e na Universidade de Évora, para onde se muda em Fevereiro.O estudo foi financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia espanhol, o FEDER e a Junta da Andaluzia, sendo Márcia Barbosa apoiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. In Ecosfera

sábado, 13 de dezembro de 2008

18ª CAMINHADA PELO INTERIOR

A Câmara Municipal do Sabugal vai realizar a 18ª CAMINHADA PELO INTERIOR, no dia 14 de Dezembro de 2008, pelas 9h30, junto à sede do Grupo Cultural e Desportivo de Rebelhos.



O programa será o seguinte:

09h30 - Concentração Junto à sede do Grupo Cultural e Desportivo de Rebelhos
09h45 - Início da Caminhada
10h30 - Pequeno-almoço oferecido pela Associação Cultural dos Amigos dos Trigais
13h00 - Almoço na sede do Grupo Cultural e Desportivo de Rebelhos

CLIQUE AQUI para visualizar/descarregar o cartaz do evento.

Para mais informações:

271 751 040 ou 961 889 791

CAMINHE CONNOSCO!!