quarta-feira, 28 de maio de 2008

Agricultores voltam a usar a força animal

JN 2008-05-26
Animais estão de regresso à agricultura portuguesa Muitos agricultores de Trás-os-Montes estão a pôr de parte o recurso as máquinas, devido ao aumento constante do preço do gasóleo agrícola, e a ponderar o regresso ao uso de animais. Desde o ano passado que o combustível verde sofreu aumentos de 70 cêntimos para um euro, "numa proporção duas vezes superior aos aumentos do gasóleo normal", adiantou, ao JN, Abreu Lima, vice-presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP). As subidas constantes aumentam o custo de produção. Actualmente, a maior parte da agricultura já é mecanizada, mas os velhos tempos da utilização de animais, como o burro ou o boi, podem regressar. Abreu Lima considera os "aumentos brutais". Os agricultores concordam. Luís Manuel, de Vimioso, pondera recorrer mais aos dois burros que os pais possuem nos trabalhos agrícolas, devido ao preço do gasóleo. O agricultor costumava fazer trabalhos agrícolas com o tractor para fora, mas deixou de o fazer porque já não é rentável. "Há menos de dois anos atestava o depósito de 50 litros com 12 euros, agora gasto 30 euros", contabiliza. Batatas para o lixo Feitas as contas, um burro ou um boi poderá dar menos despesas, uma vez que são alimentados com produção fabricada pelos proprietários, além de que algumas espécies, como o burro Mirandês, tem direito a subsídio à produção. João Preto, agricultor em Angueira, Vimioso, diz que actualmente a agricultura dá prejuízo. "Mais vale não fazer nada", desabafa. Só este ano, o agricultor desfez-se de três toneladas de batata que não conseguiu escoar. "Não vale a pena o que gastei para produzir", referiu. Os que vivem junto à fronteira acabam por ir a Espanha abastecer, minimizando, assim, os gastos. Estes aumentos estão a criar situações de "enorme gravidade e imensa preocupação para os agricultores", sustenta, por seu turno, o responsável pela Confederação dos Agricultores Portugueses. "A maior parte dos agricultores da região tem idade avançada e não consegue uma agricultura competitiva, o que poderá piorar se a mecanização diminuir, acrescenta. São, de resto, cada vez mais os agricultores da região que estão a abandonar as máquinas, nomeadamente o tractor, e a recorrer aos animais, uma situação que o próprio Abreu Lima diz estar a presenciar. "Somos desafiados para ter competitividade, mas não nos criam as condições necessárias para isso", lamentou, ontem, no Dia do Agricultor, uma iniciativa que decorreu em Macedo de Cavaleiros.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

12ª Feira do Livro de Seia

De sábado a 8 de Junho
Decorre no Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) de 31 de Maio a 8 de Junho a 12ª edição da Feira do Livro de Seia, este ano a par dos anteriores, com diversas actividades para além, claro, da presença de obras de diversas editoras. O horário de funcionamento normal da feira é das 10h às 22h e no primeiro dia, pelas 15h30, acontece “Museu das Histórias” apresentado pelo curso de Animação Sócio-Cultural da Escola Profissional de Santa Comba Dão e encenado pelo professor Alexandre Sampaio. Por volta das 21h30 é a vez de subir ao palco do auditório do CISE “RIT - Óqtrupe”, formado por Luís Portugal, Paulo Serafim e Vítor Fernandes. Em Junho, no dia 1, está presente o grupo Chuchurumel: às 15h30 para uma oficina de instrumentos musicais populares portugueses e às 21h30 o grupo apresenta o espectáculo musical “Posta Restante”.
O dia 2 é dedicado à poesia, com “Vozes da Lusofonia”, que consiste na interpretação de poetas de língua portuguesa pelo Dr. Lauro Moreira, Embaixador do Brasil junto à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Joana D’ Arc” é encenado pelo professor José Batista e apresentado, no dia 3, às 21h30, pelo Município de Seia e pela Escola EB 2,3 Dr. Guilherme Correia de Carvalho. “Museu das Histórias” volta a marcar presença no dia 4, às 14h, e às 21h30 a Ludoteca Municipal, apresenta “COM(SENSOS)” um espectáculo de mímica com humor. No dia 5, às 14h e às 21h30, é encenado “Minha Árvore Minha Casa” por Encerrado para Obras – Associação Cultural e Artística.
25-05-2008 In Kaminhos

quinta-feira, 15 de maio de 2008

QREN: Governo lança novo programa para apoiar parcerias em territórios desertificados

14 de Maio de 2008, 15:00Lisboa, 14 Mai (Lusa) - Promover parcerias entre agentes económicos para estimular o desenvolvimento de territórios desertificados é o principal objectivo do PROVERE, um programa que vai ser apresentado quinta-feira e será financiado através do Quadro de Referência Estratégico Nacional.Em declarações à Lusa, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras, explicou que o programa, sem dotação própria, pretende estimular a cooperação e facilitar o acesso aos fundos comunitários em regiões de baixa densidade populacional, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e dos programas de Desenvolvimento Rural e das Pescas.O governante adiantou que a expectativa é criar empregos e promover actividades que girem em torno dos recursos endógenos.Um exemplo disto seria o aproveitamento de uma antiga exploração mineira para a criação de um parque temático que ofereça actividades de lazer, lúdicas, culturais e de investigação.Outra situação que poderia beneficiar do PROVERE seria o reforço das condições de navegabilidade do Guadiana, "tornando-o uma avenida para o desenvolvimento do barrocal e da serra algarvia", em que o investimento-âncora seria a oferta de cruzeiros com dormida que impulsionariam outras actividades como a gastronomia ou a oferta de produtos agro-pecuários."Espera-se que em torno das empresas-âncora surjam outros negócios e oferta de bens e serviços complementares", salientou Rui Baleiras.A apresentação de candidaturas conjuntas é precisamente o que distingue o PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos) de outros programas inscritos no QREN e que beneficiam normalmente promotores isolados.O secretário de Estado considerou que existe "um défice de cooperação estrutural entre os portugueses" que este programa visa minimizar, dando condições preferenciais de financiamento aos projectos através dos programas temáticos e regionais do QREN e dos programas de desenvolvimento rural e das pescas."O PROVERE não tem fundos próprios, visa sobretudo agilizar a formação de parcerias e garantir condições de financiamento mais generosas", esclareceu.Rui Baleiras realçou que este programa é um dos pilares da estratégia de eficiência colectiva que o Governo está a elaborar para estimular a capacidade de cooperação entre os agentes económicos, e que passará também pelo desenvolvimento de pólos de competitividade e tecnologia e "clusters" e acções de revitalização e desenvolvimento urbano.O concurso para acções preparatórias vai decorrer entre 15 de Maio e 11 de Julho.Numa segunda fase, será atribuída uma certificação PROVERE às candidaturas seleccionadas, para reconhecimento das iniciativas às quais serão garantidas condições privilegiadas de acesso aos fundos comunitários, com taxas de comparticipação superiores.Os investimentos a apoiar serão preferencialmente os que se encontram em territórios que ficam fora das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, capitais de distrito e outras cidades de dimensão significativa (superior a 20 mil habitantes).As candidaturas podem ser promovidas por várias entidades, incluindo empresas, municípios, associações de desenvolvimento local, centros de formação ou instituições científicas e tecnológicas.RCR.Lusa/fim Noticias

Conferência "Os desafios do Território Rural "?=

CONVITE
Conferência>> "Os Desafios do Território Rural">>
Professor Doutor Gonçalo Ribeiro Teles
Dia 16 de Maio
16 horas
Auditório Prof. Manuel Laranjeira
Entrada Livre ______________________________________________________________________________>>>> José Carlos Ferreira>>>> Dep. Ciências e Engenharia do Ambiente>> Faculdade de Ciências e Tecnologia>> Universidade Nova de Lisboa>> Campus da Caparica>> 2829-516 Caparica>> Portugal>>>> jcrf@fct.unl.pt>>>>
http://www.dcea.fct.unl.pt>>
http://territoriosustentavel.dcea.fct.unl.pt>> http://civitas.dcea.fct.unl.pt

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Guarda: Câmara instala energias alternativas em Espaço Educativo Florestal

*A Câmara da Guarda vai dotar o Espaço Educativo Florestal - Quinta daMaúnça com energias alternativas, instalando equipamentos que permitamabandonar as energias comuns.Segundo a vereadora Lurdes Saavedra, responsável pelo pelouro doAmbiente, a autarquia deliberou instalar um aerogerador (aproveitamentoda energia do vento) e uma central fotovoltaica (aproveitamento daenergia solar) para produção de energia eléctrica e aquecimento de águassanitárias.Por outro lado, numa parceria com entidades espanholas, a Câmaracandidatou ao programa comunitário Interreg a construção de uma centralde compostagem [conjunto de técnicas aplicadas para controlar adecomposição de materiais orgânicos] que, a ser concretizada,possibilitará o aquecimento de águas sanitárias a partir de resíduosflorestais.Os equipamentos para aproveitamento das energias eólica e solar, ainstalar a breve prazo, servirão dois edifícios recentementerecuperados, num investimento de 267 mil euros, destinados a EspaçoExperimental e Unidade de Alojamento, que deverão funcionar no início dopróximo ano lectivo.A responsável pelo pelouro do ambiente explicou que a antiga "Casa doCaseiro" foi adaptada a Unidade de Alojamento "para receber turmas decrianças em tempo de férias ou aos fins-de-semana".No outro imóvel funcionará o "Espaço Experimental" da Quinta da Maúnça,que ficará equipado com laboratório ambiental e com uma área paratransformação de produtos agrícolas, explicou.*Central de compostagem poderá receber resíduos de todo o concelho*Quanto à candidatura apresentada ao Interreg, com entidades espanholas,no âmbito de um projecto destinado à cooperação e gestão conjunta emmeio ambiente, património e gestão de recursos, uma das vertentes estárelacionada com a construção de uma central de compostagem.Segundo Lurdes Saavedra, está previsto que a central receba "os resíduosflorestais da Quinta da Maúnça, de toda a cidade e, eventualmente, doconcelho".A ideia para construção desta unidade surge "no seguimento da políticade energias limpas" definida pela Câmara da Guarda para o EspaçoEducativo Florestal."Existe a possibilidade de aquecer a água de um dos edifícios destaforma, porque a combustão liberta energia e faz o aquecimento da água",adiantou, dando conta que está a ser feita uma experiência utilizando umbidão "para depois se apostar no aquecimento de água por esta via"."Uma coisa é fazer o aquecimento [da água] através de um bidão, em quepor baixo são colocadas folhas e todo o material biodegradável e alibertação de gases faz aquecer a água, e outra é fazer o aquecimento detoda a água a partir de uma central", referiu.Caso a candidatura seja aprovada, a vereadora do Ambiente refere que éintenção da autarquia mostrar às crianças que visitarão a Quinta daMaúnça "que é possível aquecer água através da compostagem", utilizandoervas ou folhas secas, por exemplo.*Centro de Investigação e Transformação Agro-Florestal*O projecto, que visa rentabilizar os resíduos agro-florestais apareceinserido num plano mais vasto relacionado com a criação de um Centro deInvestigação e Transformação Agro-Florestal, no valor global de 802 mileuros, indicou a autarca.Para além da central, engloba a construção de um edifício onde serácriado um Centro do Conhecimento da Floresta e uma estufa aquecida paraprodução de espécies sensíveis em perigo de extinção.O Centro da Natureza - Quinta da Maúnça, localizado nos arredores dacidade da Guarda, possui hortas de produção biológica, campo dedemonstração de plantas aromáticas e medicinais, edifícios de apoio(espaço para apresentação de audiovisuais e desenvolvimento de acções desensibilização para crianças) viveiro florestal, jardim e parque demerendas.
*Lusa*

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Cova da Beira: Portal na Internet agrega informação de produtores locais e artesãos

Cova da Beira

Vinhos, azeite, pinturas a óleo ou artesanato em madeira são algumas das atracções do portal Cova da Beira na Internet, que pretende agregar num único sítio toda a informação sobre artesãos e produtos locais da região. O portal, financiado com fundos comunitários, foi criado pela ConsisPro, empresa de novas tecnologias sedeada no Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkurbis), em parceria com a RUDE - Associação de Desenvolvimento Rural. O objectivo imediato é "divulgar a informação e potencialidades das populações rurais dos concelhos de Belmonte, Fundão e Covilhã". No futuro, "o portal pode evoluir para um sítio de comércio electrónico. Será uma segunda fase do projecto, que depende do resultado do portal que agora arranca", disse hoje à Agência Lusa José Carlos Correia, da ConsisPro.
Quem quiser abrir a sua montra na Internet pode inscrever-se gratuitamente no endereço do próprio portal ou contactando a ConsisPro. "O portal Cova da Beira pretende chegar a cada aldeia da região e alargar a possibilidade de contactos com novos clientes", realçou. No arranque, há já 12 produtores e artesão listados, um número que em breve chegará aos 25, referiu José Carlos Correia. "Segundo as informações que recolhemos, esse número poderá ascender a 150 ou 250 pessoas. As bases de dados são antigas, o que também justifica a aposta no portal", acrescentou. A empresa está actualmente a actualizar o levantamento de produtores e artesãos, através de informações prestadas pelas juntas de freguesia. "Depois desse primeiro contacto, falamos com cada pessoa e a partir daí também funciona o passa-a-palavra", concluiu .
In Kaminhos

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A nossa região tem excelentes condições para a produção de alimentos em Modo de Produção Biológico”



José Marques Dinis Assunção, presidente da direcção da Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha (AAPIM) “A nossa região tem excelentes condições para a produção de alimentos em Modo de Produção Biológico” O Engenheiro Agrário José Assunção é o presidente da Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha (AAPIM), sedeada na Guarda, actividade que desenvolve a par das funções de Coordenador Regional da PERIAGRO, SA [empresa que realiza avaliações a nível nacional]. Natural da freguesia da Castanheira, concelho da Guarda, também está ligado à actividade autárquica, sendo o actual líder parlamentar do PS na Assembleia Municipal da Guarda.
A Guarda:
Que ligação tem à Guarda?
José Assunção:
A minha relação afectiva com a Guarda iniciou-se desde muito jovem, quando iniciei a minha vida académica no Colégio de S. José. Terminados os estudos secundários, fui fazer a minha formação superior em ciências agrárias, após o que regressei para desenvolver a minha actividade profissional na região.
A Guarda:
Qual a sua ocupação profissional?
José Assunção:
Até há pouco tempo fui dirigente da Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior. Recentemente aceitei novos desafios e actualmente sou Coordenador Regional da PERIAGRO, SA que partilho com a presidência da AAPIM e que tento compatibilizar com a conclusão de um Mestrado em Agroecologia. A Guarda: Como aparece a sua ligação à Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha (AAPIM)? José Assunção: A minha ligação à AAPIM, surge do facto de ter sido há já mais de catorze anos, um dos sócios fundadores, conjuntamente com um grupo de empresários agrícolas dos Distritos da Guarda Viseu e Castelo Branco e ter aceite coordenar este projecto.
A Guarda:
Como surgiu a AAPIM e quais são os seus objectivos?
José Assunção:
As preocupações ambientais sentidas a nível global a partir dos anos noventa desenvolveram novos modos de produção agrícola, compatíveis com a preservação do ambiente e dos recursos naturais. Os modelos produtivistas desenvolvidos no pós guerra, sem quaisquer preocupações ambientes estavam ultrapassados e era necessário desenvolver novos paradigmas, visando a produção de alimentos mais seguros na defesa do ambiente e da saúde pública. Acompanhando as mudanças que se vinham operando em alguns países mais desenvolvidos da Europa percebemos que dispondo nós de conhecimentos técnicos e científicos dos novos modelos de agricultura, não podíamos resignar-nos e propusemos aplicar estes novos modelos na nossa região, para o que convidámos alguns dos empresários agrícolas mais evoluídos da região, a organizarem-se numa associação pioneira a nível nacional nestes sistemas agrícolas. Hoje a AAPIM é uma das organizações mais prestigiadas do País e os seus associados dispõem hoje de formação técnica e ambiental que os coloca ao nível dos agricultores mais evoluídos da Europa. É gratificante verificarmos que no interior também somos capazes de desenvolver projectos inovadores e de sucesso. Estatutariamente, a AAPIM, tem ainda como objectivo: - desenvolvimento de um novo modelo de assistência técnica, visando uma agricultura competitiva mas sustentável e evolução técnica e ambiental dos seus associados, pela introdução de modos de produção ambientalmente sustentáveis através da Produção Integrada (PRODI) e Modo de Produção Biológico (MPB); - promover a formação dos associados com a aquisição de competências, dotando-as com conhecimentos técnicos e de gestão adequados à cada vez maior competitividade impostas às suas explorações; - promover a certificação e promoção dos produtos, resultantes destes modos de produção; - promover a comercialização dos produtos com recurso à utilização de novas técnicas de marketing, em parceria com instituições da especialidade e pela concentração do produto e procura de escala, organizada em fileira.
“A AAPIM tem já vários associados com marcas de dimensão internacional a aplicar o Modo de Produção Biológico, nas suas explorações”.
A Guarda:
Quantos associados tem, que área abrange e que actividades são desenvolvidas pela AAPIM?José Assunção:
A AAPIM tem actualmente 713 associados em nome individual, como empresários e agrupamentos de produtores, com uma área de 5.278 hectares, nas culturas de vinha, maça, cereja, pêssego, olival, castanheiro e frutos secos, distribuídos pelos Distritos da Guarda Viseu e Castelo Branco, com várias explorações no Douro e Alentejo, sendo responsável pela assistência técnica e formação dos seus associados nas várias especialidades. Todos os associados da AAPIM estão obrigados a aplicar na sua exploração técnicas compatíveis com a protecção ambiental e produção de alimentos de elevada qualidade intrínseca através da Produção Integrada e da Agricultura Biológica.Para prestar formação e assistência técnica aos seus associados a AAPIM, dispõe de um corpo técnico especializado nestes modos de produção, apoiados por laboratórios fitossanitários e estações meteorológicas automáticas, para monitorização e controlo das várias pragas e doenças das diversas culturas. Todos os associados da AAPIM estão abrangidos por um sistema de certificação dos seus produtos, através de um Organismo Privado de Controlo, garantindo a rastreabilidade e segurança alimentar dos seus produtos.A AAPIM desenvolve ainda, em parceria com diversas Universidades e outras instituições, projectos de investigação e desenvolvimento, na área das ciências agrárias e ambiente.A Guarda: Qualquer agricultor pode ser sócio ou são exigidos requisitos específicos?José Assunção: A AAPIM é uma associação de nível nacional, podendo ser associados todos os agricultores que aceitem os desafios da competitividade e sustentabilidade dos espaços rurais.A Guarda: Considera que o futuro do sector agrícola passa pela agricultura biológica?José Assunção: A Agricultura Biológica de que falamos é um modelo de agricultura científica, que não deverá ser confundida com agricultura “abandonológica” que existe ainda no conceito de tanta gente! O País e especialmente a nossa região tem excelentes condições para a produção de alimentos em Modo de Produção Biológico. Num mercado cada vez mais globalizado, só poderemos ser competitivos pelo valor acrescentado dos produtos de elevada qualidade produzidos com recurso a modos de produção que dêem garantias de qualidade e de segurança. O consumidor, cada vez mais informado e preocupado com a segurança alimentar, procura cada vez mais produtos de origem biológica. A procura ao nível dos países mais informados não pára de crescer. A Europa tem programas de apoio a este modo de produção visando atingir até ao final do novo Quadro 10% da produção convencional. O desenvolvimento da Agricultura Biológica na nossa região é ainda importante para a sustentabilidade e criação de riqueza no nosso território, contrariando o fatalismo de abandono que teima em desertificar as zonas rurais. Temos que ser capazes de vencer este desafio.A Guarda:
No Distrito da Guarda já existem muitos produtores dedicados à agricultura biológica?
José Assunção:
Sim, já existem na região vários agricultores a desenvolver este modo de produção em diversas culturas. A AAPIM tem já vários associados com marcas de dimensão internacional a aplicar o Modo de Produção Biológico, nas suas explorações, porque já perceberam as tendências mundiais do mercado e querem chegar primeiro para não perderem competitividade.
A Guarda:
Qual o ponto de situação da candidatura para a instalação de um olival biológico – o maior do país – na Beira Interior?
José Assunção:
O Plano Integrado para o desenvolvimento do olival biológico promovido pela AAPIM, foi entregue em Setembro e aguarda a regulamentação do PRODER para ser aprovado. Já tive a oportunidade de fazer a apresentação do projecto ao Ministro da Agricultura [Jaime Silva] e na recente reunião de trabalho aqui na Guarda, com as Organizações do Distrito o projecto foi classificado pelo Senhor Ministro como um projecto relevante, de interesse para a região e para o País, pelo que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro está a procurar mecanismos legais de financiamento, para a sua aprovação. Não podemos perder muito tempo, 2013 está quase aí…
A Guarda:
Que outros projectos, de grande significado, estão a ser desenvolvidos pela AAPIM?
José Assunção:
Estamos a preparar em parceria com algumas Universidades, projectos de investigação sobre as diversas culturas nas áreas da competitividade sustentável do ambiente. Estamos também a negociar com uma empresa de comercialização de nível internacional, a comercialização das prunoideas dos associados da Cova da Beira, para além doutros projectos que não é ainda oportuno revelar.A Guarda: Considera que o QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) é decisivo para desenvolver a agricultura na região?José Assunção: O QREN, através do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), é um documento que no seu espírito geral, pretende criar condições estruturais ou incentivar os agentes a executarem políticas de desenvolvimento sustentável, nas zonas rurais do país, definindo como objectivos estratégicos principais: aumentar a competitividade dos sectores agrícolas e florestais; valorizar os espaços rurais e os recursos naturais de forma sustentada; revalorizar a economia e socialmente as zonas rurais. É um programa que para além de pretender desenvolver a competitividade da nossa agricultura, tem subjacente preocupações ambientais e paisagísticas, das zonas rurais, onde poderão ser apoiadas economias de desenvolvimento de produtos de qualidade aproveitando o potencial endógeno da nossa região. A AAPIM aceitou o desafio provocado pelo PRODER e assumiu os riscos de apresentação de planos de fileira. Esperamos que os decisores e os vários agentes económicos da região, não desperdicem esta oportunidade, que poderá ser a última.SECÇÃO: Entrevista

terça-feira, 6 de maio de 2008

Os brasileiros que venceram em Vila de Rei

A caminho, o segundo filho nascido em Portugal
Das quatro famílias brasileiras que há dois anos vieram para Vila de Rei, para, numa iniciativa da Câmara, repovoar o município, só uma ficou. São os Duarte parecem estar de pedra e cal. Letícia e Marcelo, de 36 e 32 anos, tinham dois filhos. Hoje têm mais um e "lá para final de Agosto" nascerá outro, revela o pai. O casal só decidiu que o novo irmão de Helena e Mateus, de 13 e oito anos, e Henrique, de 16 meses, se chamará Tomás ou Afonso. Quem o diz é o pai, Marcelo Duarte, no Centro de Acolhimento de São João do Peso onde, como a mulher, é funcionário. Mas sempre que "alguém precisa de trabalhos de jardinagem ou de pintura, por exemplo", Marcelo aproveita para, nos dias de folga, acrescentar o seu ordenado. E ultimamente também vão aparecendo trabalhos de informática, área em que é especializado.
Letícia não esgota a sua actividade no Centro. À quarta-feira é recepcionista numa albergaria de Vila de Rei, e exerce psicologia (a sua profissão) em part-time, em Mação. "Trabalhamos muito, mas o balanço é positivo", diz Marcelo escusando-se a revelar o rendimento do agregado, mas recordando que a família já tem dois carros e que mudou para "uma casa maior" em Fevereiro. "A ideia é termos uma casa mesmo nossa", em São João do Peso, aldeia que já não admitem deixar. Esta é a única família que, ao abrigo de um acordo entre o município Maringá e Vila de Rei (Castelo Branco), veio e se integrou plenamente neste meio. Helena e Mateus, que frequentam a escola na vila, "parece até que estão perdendo o sotaque", ironiza Marcelo, garantindo que "os filhos já nem querem ouvir falar no regresso ao Brasil". Kaminhos

Nem sei se foi má experiencia se foi um abre olhos, mas ou menos ainda ficou alguem para contar a hisória, se os politicos praticasem medidas realmente incentivadoras de promoão dos produtos locias e valorizar o pais. enfim onde é que isto vai parar....

"A Arte que o Côa Guarda” – Exposição no Museu do Sabugal

O Museu do Sabugal vai receber de 7 de Maio a 29 de Junho de 2008, a exposição “A arte que o Côa Guarda – Arte Rupestre e Arqueologia do Vale do Côa”.
A mostra integra 16 painéis gigantes que reproduzem algumas das mais importantes gravuras descobertas no Vale do Côa, duas réplicas de painéis gravados, a exibição de um filme sobre o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e a reconstituição de um acampamento paleolítico.
Durante a exposição irá funcionar, no local do acampamento, uma oficina de arqueologia experimental, dedicada aos alunos das escolas, que será assegurada por técnicos do PAVC. Ali serão desenvolvidas algumas modalidades de interpretação do quotidiano dos homens e mulheres do paleolítico, e recriadas a produção e e utilização de armas de caça, produção de fogo, realização de gravuras em suportes de xisto.
Esta iniciativa pretende dar a conhecer melhor o que é a arte rupestre do Vale do Côa, dando a conhecer este vasto património e despertar as pessoas para a visita ao parque, . Por outro lado vão ser recriados cenas do quotidiano através das quais podemos estabelecer ligação com a nossa exposição permanente, de cariz arqueológico.
A exposição foi organizada pela Câmara Municipal da Guarda em colaboração com o Ministério da Cultura, IGESPAR e PAVC .
Pode ser visitada de terça a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e ao fim-de-semana das 14h30 às 18h30, na sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal.

Sistemas Complementares de Troca: instrumentos para a promoção do desenvolvimento sustentável

O Graal e a Fundação Holandesa STRO
têm o prazer de convidá- lo(a) para a Palestra:

Sistemas Complementares de Troca: instrumentos para a promoção do desenvolvimento sustentável
Data: 12 de Maio
Horário: 18 horas
Local: Terraço Graal
Rua Luciano Cordeiro nº 24- 6º A
Orador: Miguel Yasuyuki Hirota
Ritsumeikan Asia Pacific University, Japão
Introdução ao Tema: Um dos desafios mais importantes das sociedades actuais é sem dúvida a construção de modelos sustentáveis de desenvolvimento local que privilegiem a alocação de recursos locais na satisfação das necessidades locais, respeitando as vocações, particularidades e valores das populações e das comunidades.
Face a um sistema monetário e financeiro internacional que assumidamente não cumpre com a sua função de “motor de desenvolvimento” em algumas regiões, tem sido cada vez mais discutida a necessidade de construir mercados e economias locais mais fortes, auto-sustentados e menos dependentes dos mercados financeiros internacionais para intermediar transacções e criar fontes de emprego e riqueza.
As últimas duas décadas foram por isso palco de um ressurgimento notável de sistemas monetários não- estatais, especialmente impulsionados pelas novas tecnologias da comunicação e informação, com exemplos nos 5 continentes.
Considerados como verdadeiros “laboratórios” de inovação económica e social, os Sistemas Complementares de Troca poderão fornecer contributos importantes para a definição de políticas e iniciativas de desenvolvimento local e humano.
Caracterizam-se por uma grande diversidade de modelos organizacionais, estes são sistemas não- estatais, administrados localmente pelas comunidades aos quais estão delimitados, desenhados como verdadeiros “fatos feitos à medida” destas. Compreendê-los significa, portanto, compreender as necessidades e características das comunidades do século XXI.
Biografia do Orador: Miguel Yasusuki Hirota nasceu em Fukuoka, Japão em 1976. Tendo terminado o seu Mestrado no Departamento de Estudos Internacionais Avançados da Universidade de Tóquio, prepara actualmente o seu Doutoramento da Universidade de Ritsumeikan Asia Pacific, no Japão. Desde 1999, estuda e promove sistemas complementares de troca em todo o Mundo, tendo publicado vários artigos e livros para além de ser um orador frequentemente requisitado sobre o tema.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O novo fôlego do lince em Portugal

02.05.2008, Ana Fernandes

É o felino mais ameaçado do mundo e ninguém garante que ainda se passeie por Portugal. Daqui a uns anos talvez o possamos voltar a ver em oito áreas classificadas do país



Lá fama o bicho tem. Serão poucos os que nunca ouviram falar do lince. Os mais velhos talvez ainda se lembrem da campanha Salvem o lince e a serra da Malcata, uma das primeiras que houve na área do ambiente no país, há 30 anos. Os mais novos, mais que não seja, ouviram falar dele por causa da barragem de Odelouca. É o felino mais ameaçado do mundo e ninguém mete a mão no fogo que ainda se passeie por Portugal. Mas esta já foi a sua casa e hoje o Governo lança um plano de acção para voltar a acolhê-lo.
Foi precisamente por causa da barragem de Odelouca, no Algarve, que destrói parte do habitat natural desta espécie, que as acções de conservação do lince ganharam um novo impulso. Por causa das medidas de compensação exigidas por Bruxelas, será construído, em Silves, o Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico. Re-
ceberá bichos vindos dos centros espanhóis, que já fazem reprodução em cativeiro há vários anos.
Mas como o objectivo não são os parques zoológicos mas sim a natureza, a ideia é voltar a repovoar o território com estes esquivos felinos. Para isso, havia que montar um plano de acção, agora concluído, e que será hoje apresentado pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, na Malcata. O despacho que o concretiza conta também com a assinatura do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas.
Isto porque muitas das acções previstas terão de ser postas em prática num esforço conjunto entre o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais, a Direcção--Geral da Veterinária e as unidades científicas.
Ainda não há uma estimativa do valor total do plano, adiantou Humberto Rosa. Sabe-se que o centro de reprodução e as medidas de recuperação do habitat em Odelouca custarão entre quatro a cinco milhões de euros.
"A primeira tarefa da comissão de acompanhamento [do plano] se-
rá passar as medidas a projectos", adiantou o responsável. Só nessa altura haverá um cálculo final dos custos. Para pôr as acções em prática, haverá apoios comunitários, tanto da Agricultura como do Ambiente e do Desenvolvimento Regional, e também do sector privado.
O papel dos cidadãos
Pouco será conseguido sem o envolvimento dos particulares, já que as acções cruciais passarão pela recuperação do habitat natural do lince - o matagal mediterrânico - e o seu prato predilecto, o coelho-bravo. Co-
mo a maioria do país é privado, a adesão dos proprietários às medidas propostas é crucial.
Mas, "enquanto instrumento potencial de execução deste plano, o
arrendamento de terrenos ou a aquisição ou expropriação por parte do Estado serão considerados sempre que sejam as únicas opções viáveis para o desenvolvimento de acções de conservação de relevância primordial", adianta o plano de acção, a que o PÚBLICO teve acesso.
As medidas previstas terão como áreas prioritárias de intervenção as áreas classificadas da Malcata, Nisa--Laje da Prata, São Mamede, Moura--Barrancos, Guadiana, Monchique, Caldeirão e Barrocal algarvio.
Há 30 anos, o apelo - e os autocolantes - da Liga para a Protecção da Natureza tiveram grande sucesso. Mas, desde aí, o que na altura se jurava existir em Portugal possivelmente desapareceu. O último sinal da sua presença foi dado por excrementos encontrados em 2001 na serra da Adiça. O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade con-
sidera-o pré-extinto no país.
Com a ajuda de Espanha, Portugal joga agora o tudo ou nada. Para que a Ibéria não perca para sempre um dos seus mais antigos habitantes.

Municípios da Serra desenvolvem estudo estratégico

De desenvolvimento da região, coordenado por Daniel Bessa
Seis municípios da Serra da Estrela estão a elaborar um estudo estratégico de desenvolvimento da região, com uma forte aposta no turismo, dirigido pelo economista Daniel Bessa, foi hoje anunciado.

Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia são os seis municípios que constituem o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) e que "por isso se uniram neste trabalho", disse à Agência Lusa José Manuel Biscaia, presidente da Câmara de Manteigas, o único concelho cujo território está totalmente dentro do Parque.
O objectivo é "transformar a realidade da Serra da Estrela em vários atractivos, sobretudo turísticos, para além de um ou outro produto específico, como a neve", acrescentou.

Segundo Biscaia, "o estudo não pretende substituir entidades já existentes como o Pólo Turístico da Serra da Estrela (ex-Região de Turismo), mas antes complementá-las".

Os autarcas e Daniel Bessa encontram-se hoje, a partir das 17:30, na Câmara da Covilhã, numa reunião à porta fechada.

Entre outros pontos, vai estar em discussão a possibilidade de candidatar projectos do estudo estratégico ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

"Avistam-se dificuldades, na medida em que o governo entende que para execução do QREN devem existir entidades que coincidam com áreas das NUT III", antecipou o autarca de Manteigas. Kaminhos

Projectos e mais projectos e estudos mas para que, não sabem fazer uma unica coisa bem, e andam sempre a pedir estudos e mais estudo.
Vamos ver no que dá este ultimo.

Internet para captar turistas para a região

Associação Comercial da Guarda apresentou candidatura ao Interreg
A Associação Comercial da Guarda (ACG) pretende atrair turistas para a região através da Internet, tendo já apresentado uma candidatura ao programa comunitário Interreg, numa parceria com duas entidades espanholas, anunciou hoje a direcção.

Segundo Paulo Manuel, presidente da direcção da ACG, o projecto, elaborado numa parceria com a Fundação do Parque Científico da Universidade de Salamanca e Associação Comercial de Ciudad Rodrigo (Espanha), consiste em criar um "mundo digital" onde estejam presentes o património, a gastronomia, a cultura e a educação das regiões de ambos os lados da fronteira.
O resultado da candidatura, no valor de 2,5 milhões de euros, será revelado dentro de dois meses e, caso seja aprovada, vigorará até 2010, referiu.

"O objectivo é fazer a promoção do turismo cultural e da natureza do distrito da Guarda e da província de Salamanca" num site na Internet, salientou, dando conta que o "mundo digital" perspectivado tem "características muito idênticas ao second life".

Paulo Manuel referiu tratar-se de "criar um mundo interactivo onde os visitantes podem ter um conhecimento mais aprofundado da cultura e da natureza" das regiões abrangidas. Kaminhos


Eles inventam cada uma, apostassem realmente na qualidade do turismo prestado, para incentivar as pessoas a gastarem e consumirem.....Enfim...

Espero que consigam levar a bom porto esta ideia....