quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Campanha “Reflorestar a Faia Brava” com o Colectivo Germinal



A Associação Transumância e Natureza (ATN), ONGA com sede em Figueira de Castelo Rodrigo, e o Colectivo Germinal estão a organizar dois campos de trabalho voluntariado para a reflorestação da Reserva da Faia Brava, que irão decorrer dias 24,25 e 26 de Outubro e dias 7,8 e 9 de Novembro.

O objectivo primeiro é o repovoamento de áreas ardidas e agrícolas abandonadas, promovendo assim a recuperação destes ecossistemas. Haverá também a manutenção de um viveiro florestal e recolha de sementes de espécies autóctones.As árvores utilizadas para os repovoamentos são autóctones, como carvalhos (sobreiros, azinheiras, roble, etc), freixos, entre outras. As áreas intervencionadas são propriedade da Associação Transumância e Natureza, sendo portanto protegidas. Toda a área está inserida num projecto de criação de uma futura reserva natural. Estas acções têm por objectivo criar as condições necessárias para a recuperação de um ecossistema natural onde espécies da fauna e flora autóctones, possam sobreviver e prosperar. Os acampamentos de voluntários realizam-se de Sexta a Domingo, sendo a Sexta-feira para recepção dos participantes. O ponto de encontro é Figueira de Castelo Rodrigo, junto à Câmara Municipal. A partir daqui asseguramos transporte até ao local do Acampamento e retorno. Durante os três dias da reflorestação, garantimos refeições veganas / vegetarianas confeccionadas no acampamento (Pequeno-almoço, Merenda no campo e Jantar).
Necessitas trazer tenda, saco-cama, o teu próprio prato, copo e talher, lanterna, termo, impermeável e roupa quente, botas ou galochas, instrumentos musicais, alegria e boas vibrações!! Para participares não te esqueças de quando fizeres a inscrição , indicares o fim-de-semana que pretendes estar presente e aguardar a nossa confirmação.
Colectivo Germinal - Associação Cultural
Rua Dr. Pedro Lemos nº 14, R/c 3200-237 LOUSÃ
Telefones: 239422927 963605378

sábado, 11 de outubro de 2008

País das cunhas e do "mexer de cordelinhos"


Estudo revela que portugueses são permissivos com a corrupção e o pequeno tráfico de influências
CLARA VASCONCELOS
Um inquérito realizado à população portuguesa revela que os portugueses toleram bem o tráfico de influências e vêem nele a única forma de ultrapassar um Estado lento e desatento aos seus direitos e necessidades.
A maioria dos portugueses tem uma "visão permissiva" da corrupção e é bastante tolerante quando o acto corrupto é realizado em nome de uma "causa justa" ou se traduz "em benefícios para a população". Quando questionados sobre o que fazer para combater o fenómeno, 11% dizem não saber, mas a maioria aponta para a criação de uma agência anti-corrupção, com altos poderes de investigação.
Os resultados deste estudo vão ser apresentados no próximo dia 16, altura em que será lançado o livro "A Corrupção e os Portugueses. Atitudes, práticas e valores", de Luís de Sousa e João Triães, editado pelas RCP Edições. O trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do projecto "Corrupção e Ética em Democracia: o caso de Portugal" e resulta de um inquérito à população portuguesa onde se procurou perceber o que pensam da corrupção e que comportamentos reputam de corruptos.
Os resultados revelam, segundo a análise feita pelos próprios autores - ambos sociólogos - que "o problema da corrupção em Portugal não é apenas um problema legal, mas, também, de cultura cívica". Os portugueses tendem a considerar "actos corruptos" aqueles que "mais se aproximam da definição penal", deixando, assim, de fora uma série de outros comportamentos tipo "cunhas", "favorecimentos", ou "patrocinato político".
Em relação a esses comportamentos revelam-se permissivos e até favoráveis, sempre que os mesmos tenham por objectivo uma causa justa ou o interesse colectivo (o orçamento limiano, por exemplo). É o que os autores chamam de "corrupção ao estilo Robin Hood", própria de "uma cultura cívica ainda muito assente na satisfação das necessidades básicas". Continuação da Noticia in JN

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Caminhos da Ruralidade em Baião‏

Desafios para uma ruralidade

O que é a ruralidade hoje e como se pode construir a realidade de amanhã? Quais são os problemas do desenvolvimento rural na zona do Tâmega? Estas são algumas das questões que Baião, o concelho mais verde do distrito do Porto, vai debater, sábado, no Auditório Municipal, durante a jornada de reflexão 'Desafios para uma Ruralidade com futuro' " Se é o concelho mais verde, honra lhe seja, mas há 300 e mais concelhos portugueses, inclusive em regiões urbanas, que muito ganhariam em fazer reflexão idêntica. O caminho para as regiões rurais não está em imitar a (má) urbanização mas em redescobrir a sua base na terra, sem menosprezar o bem-estar dos seus residentes. E isso significa necessariamente que o cultivo sustentável da terra e outros aspectos do sector primário (florestas, solos) tem que ganhar ou voltar a ganhar, em novos moldes embora (a par da conservação da natureza, da agricultura biológica, etc) um peso determinante. Só assim se conseguiria talvez evitar ainda o caminho descendente para o abandono e a monocultura florestal, com seu cortejo de ruínas e degradações. E é esse o maior contributo que pode ser dado pela maioria do nosso território ao combate às alterações climáticas. Continuar a consentir em alterações imprevidentes do uso do solo que vão no sentido da mineralização (as "grandes obras") é que certamente não ajudará. In Público

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Contabilistas são os que mais procuram as hortas distribuídas pela Câmara de Guimarães

04.10.2008

A câmara de Guimarães está a oferecer hortas para que os habitantes cultivem alimentos biológicos e já tem 25 candidatos, maioritariamente contabilistas.

“Já existem 25 inscrições para o cultivo das hortas mas ainda existem muitos espaços vagos”, disse à Lusa Costa e Silva, vereador dos Serviços Urbanos e do Ambiente na câmara de Guimarães. Após uma nova campanha de divulgação, a autarquia decidiu prolongar a inscrições para “hortelãos” até ao dia 15 de Outubro.

A Horta Pedagógica de Guimarães está situada na Veiga de Creixomil, à entrada da cidade, a 100 metros de um hipermercado e num dos terrenos outrora mais férteis e cultivados do concelho.

Por cinco euros anuais, os candidatos ficam na posse de uma parcela de terreno apenas com a única obrigação de a cultivarem.

Cedência por um ano

Entre os candidatos a uma parcela de terreno, estão maioritariamente contabilistas mas também, educadoras de infância, professores e um serralheiro. “São pessoas que querem cultivar um terreno pelo prazer de lidar com a terra e não exactamente por necessidade”, frisou o vereador.

Os campos, em tempos cultivados pelos proprietários, estavam agora desocupados. “A câmara decidiu fazer uma horta pedagógica e biológica nos terrenos não cultivados para permitir uma maior educação ambiental mas também para que os habitantes da cidade possam cultivar produtos para depois consumir”, referiu ainda o vereador.

A Horta está dividida em pequenas parcelas delimitadas por caminhos e regatos, apresentando várias actividades ligadas à agricultura e à educação ambiental. Com uma área de três hectares, as hortas cedidas pela câmara têm áreas que vão dos 50 aos 100 metros quadrados e o contrato de cedência tem a validade de um ano.

Até que todos os espaços estejam entregues à população, os serviços camarários estão a cultivar legumes, fruta e ervas aromáticas. “Os produtos serão entregues a uma cooperativa de solidariedade para que façam parte do banco alimentar e possam ser entregues a famílias carenciadas”, frisou Costa e Silva.

Aos técnicos camarários cabe depois o fornecimento de informações sobre as épocas de cultivo, as formas de rega e até sugestões culinárias. Os utensílios agrícolas, propriedade da autarquia, ficarão guardados num anexo que está ainda a ser construído pela autarquia e que funcionará também como ponto de encontro dos pequenos agricultores.

Projecto do Continente abrange 20 concelhos

Integrado no projecto HiperNatura Continente, o conceito de hortas pedagógicas custou 600 mil euros. A verba destina-se a recuperar, edificar e modernizar espaços verdes de 20 cidades de norte a sul do país onde existam hipermercados da marca Continente [detidos pelo grupo Sonae, proprietário do PÚBLICO] e em que as autarquias se queiram associar ao projecto.

“É uma forma de participar activamente na preservação e na revitalização da natureza urbanas”, segundo Miguel Rangel, da empresa promotora do projecto.

Além de Guimarães, as autarquias abrangidas pelo projecto são Albufeira, Amadora, Cascais, Covilhã, Coimbra, Leiria, Lisboa, Loures, Maia, Matosinhos, Ovar, Porto, Portimão, S. João da Madeira, Seixal, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Real e Viseu.

Em Guimarães, a câmara continua à procura de novos agricultores. “Queremos pessoas que gostem da terra, que queiram semear e colher de uma forma biológica”, finalizou Costa e Silva.



Até já os contabilistas estão a ver a crise que se avizinha e começam a procura de terra para cultivar as batatas.....
Ainda vamos ter todos os cantinhos do interior culvidados novamente...

Lista Vermelha

Mamíferos e anfíbios atravessam "crise de extinção"

07.10.2008

O lince ibérico foi ontem utilizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) como um exemplo da "crise de extinção" por que passam os mamíferos do mundo. A edição de 2008 da Lista Vermelha de espécies ameaçadas, ontem divulgada pela UICN, dá conta de 1141 mamíferos em risco de extinção - cerca de 21 por cento das 5487 espécies conhecidas.
Pela primeira vez, a Lista Vermelha avaliou todas as espécies descritas de mamíferos. Mas, entre elas, existem 836 para as quais não há dados suficientes para se saber se estão ou não ameaçadas. O número de mamíferos em perigo pode chegar aos 36 por cento do total.
Há 188 mamíferos "criticamente em perigo" de desaparecer, entre eles o lince ibérico (Lynx pardinus), "que tem uma população de 84 a 143 adultos e que continua em declínio", sustenta a UICN, num comunicado. Também os anfíbios atravessam uma séria crise de sobrevivência. Praticamente um em cada três espécies que existem no mundo corre o risco de se extinguir. Mamíferos, anfíbios e aves são os únicos grupos de seres vivos cujas espécies estão quase todas identificadas e estudadas. O mesmo não ocorre com répteis, peixes, invertebrados e plantas.
No total, dos cerca de 1,6 milhões de espécies até agora descritas no mundo, apenas 2,7 por cento foram avaliadas pela Lista Vermelha. Destas, 38 por cento estão em risco de extinção.
Do resto pouco se sabe, sendo impossível fazer-se uma avaliação completa, por exemplo, das quase 300 mil plantas ou dos 1,2 milhões de invertebrados conhecidos.
Por isso, a UICN está a lançar um índice que funciona como uma espécie de Dow Jones - o indicador da tendência das bolsas norte-americanas - para a biodiversidade. O índice SRLI (Sampled Red List Index) avalia a tendência de extinção dentro de um grupo a partir de uma amostra aleatória das suas espécies.

domingo, 5 de outubro de 2008

Pobreza e Conservação: paisagens, povos e poder‏

A IUCN/UICN publicou em 2008 o livro "Pobreza y Conservación: Paisajes, Pueblos y Poder" no qual se analisa e discute como contribuir para a conservação da natureza e, ao mesmo tempo, para a redução da pobreza e para uma maior justiça social.Neste documento é enfatizada a importância de encontrar mecanismos económicos que assegurem uma relação harmoniosa entre conservação e desenvolvimento, de forma a garantir um futuro sustentável. Os interessados poderão obter a versão digital deste livro a partir do seguinte link: