sábado, 27 de outubro de 2007

O Interior tem muitas coisas atractivas que nos podem proporcionar uma maior qualidade de vida, comparativamente com aqueles que vivem nos dormitórios

O Interior tem muitas coisas atractivas que nos podem proporcionar uma maior qualidade de vida, comparativamente com aqueles que vivem nos dormitórios dos grandes centros urbanos.

O Município do Sabugal está a implementar «As caminhadas pelo Interior», uma boa iniciativa, que permite a muita gente descobrir tesouros da Natureza, em que o Sabugal é fértil.
Viver no Sabugal, deverá equivaler a qualidade de vida, num combate permanente à burocracia, simplificando a vida das pessoas agilizando processos de forma que estas sintam que vivem num território atractivo, com a tal discriminação positiva.
Não resisto contar a este propósito, um episódio que me aconteceu há cerca de três ou quatro anos.
Estava incumbido por um cliente de outorgar numa escritura de compra e venda de um prédio urbano sito num município do distrito de Coimbra. Os meus clientes emigrantes em França, proprietários de tal imóvel estavam decididos definitivamente adoptar a nacionalidade francesa.
O meu cliente entregou a venda do imóvel a uma imobiliária da zona, fui por esta contactado para a data da escritura. Havia um casal jovem que trabalhando em Coimbra manifestou interesse em adquirir tal imóvel, sendo que na altura beneficiava de um crédito habitação jovem bonificado, benesse que terminava nesse ultimo dia de um mês de Setembro.
Às 14 horas lá estou como era meu dever no Cartório Notarial para outorgar na escritura em nome dos meus clientes, quando a notária me informa que não haveria escritura, porquanto não tinha sido apresentada a licença de habitabilidade, documento emitido pela Câmara e essencial para a escritura, que nestas circunstâncias demora meses a ser emitido.
Em pânico, só me restava uma alternativa. Fui à Câmara Municipal, pedi para falar com o Presidente que só conheci nesse dia e de imediato compreendeu, que a não realização dessa escritura era mais uma casa que continuaria fechada e ficava gorada a possibilidade de mais um casal jovem se instalar no concelho.
O senhor Presidente deu ordens e duas horas depois tinha em meu poder o tal documento, essencial para a realização da escritura.
Prometemos mutuamente, reencontrar-nos para degustarmos um arroz de lampreia, quiçá para festejarmos a fixação de mais vida naquela terra.
«Páginas Interiores» de José Robalo in Capeia Arraiana

joserobaload@gmail.com

Desta vez correu bem porque conseguiu encontrar o Presidente da Câmara, e se fosse possivel falar com ele?

Este pais está cheio de histórias destas e outras ainda mais graves tanta complicação que a juventude só tem uma solução fácil abandonar o Interior e na maioria o Pais.

Qualquer dia temos que mudar de nome em vez de Portugal chamar "pequena Europa" ou mesmo amostra da Europa. Digo isto porque a quantidade de casais a virem para Portugal de todos os pais da Europa e não só para adquirirem pequenos terrenos e se fixarem em Portugal está a aumentar de dia para dia.



Sem comentários: