quinta-feira, 19 de julho de 2007

Autarca quer obras onde "não há gente"

Autarca quer obras onde "não há gente"


O novo presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, José Brito, defendeu ontem uma inversão da lógica dos investimentos públicos em função dos potenciais eleitores, considerando que importa criar infra-estruturas "onde não há gente".

"Há que ter coragem para investir onde não há população. Se não travarmos a desertificação do interior, o litoral fica sem condições para as pessoas que ali se vão amontoando", declarou José Brito, dois dias depois de ter substituído Hermano Almeida na presidência daquele município.

Razões de saúde e algum "cansaço" das actuais políticas da administração central para as autarquias levaram o social-democrata Hermano Almeida a interromper o terceiro mandato consecutivo para que foi eleito pelo PSD, fazendo-se substituir na segunda-feira pelo vice-presidente, José Brito.

O Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) do Centro "pode perspectivar alguns investimentos significativos para a região do Pinhal", o que, na opinião de José Brito, constitui "uma oportunidade única de inverter esta situação de desertificação", através das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).


O município de Pampilhosa da Serra, cujo orçamento anual ronda os sete milhões de euros, tem uma população estimada em cinco mil habitantes, sendo a maioria idosos com mais de 60 anos, não tendo parado nas últimas décadas a saída de pessoas para o estrangeiro e outras zonas do país

Sem comentários: