terça-feira, 23 de março de 2010

Passeio ao Parque Natural do Tejo Internacional - 24 e 25 de Abril‏

*O Parque Natural do Tejo Internacional é um parque natural português que
abrange uma área em que o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal e
Espanha. O parque ocupa uma área de 26.484 hectares e se localiza no
Distrito de Castelo Branco, englobando partes dos concelhos de Castelo
Branco e Idanha-a-Nova. O troço fronteiriço internacional do rio Tejo, bem
como os vales e áreas aplanadas confinantes, é uma das zonas menos povoadas
e menos frequentadas de Portugal. A paisagem é feita de vales profundos, com
encostas abruptas onde nidificam cerca de 160 espécies de aves, sendo uma
excelente zona para a sua observação e fazer percursos pedestres.*

O PNTI foi criado a 18 de Agosto de 2000, embora a área já tenha sido
declarada como ZPE (Zona de Protecção Especial) a 23 de Setembro de 1999,
pela sua importância no que respeita, sobretudo, à avifauna com elevado
estatuto de conservação.

Das espécies presentes, realçam-se a cegonha-preta (Ciconia nigra), a
águia-real (Aquila chrysaetos), a águia-imperial (Aquila adalberti), a águia
de Bonelli (Hieraaetus fasciatus), o abutre do Egipto (Neophron
percnopterus), o grifo (Gyps fulvus), o abutre-preto (Aegypius monachus), o
bufo-real (Bubo bubo), o falcão-peregrino (Falco peregrinus), o
peneireiro-das-torres (Falco naumanni) e o chasco-preto (Oenanthe leucura).

No que se refere à flora e vegetação destacam-se os extensos montados de
azinho (Quercus rotundifolia Lam.) e sobro (Quercus suber L.), os zambujais
(Olea europaea L. var. sylvestris (Miller) Lehr), as comunidades relíquia de
zimbro-bravo (Juniperus oxycedrus L.) e vastas manchas de matagal
mediterrânico bastante diversificado.

Nos diversos ecossistemas do PNTI encontram-se já inventariadas cerca de 300
espécies de plantas, 24 de fungos, 154 de aves, 44 de mamíferos, 15 de
anfíbios (das 17 existentes em Portugal), 20 de répteis (das 27 presentes no
território nacional), 12 de peixes, 153 de insectos, entre outras.





*PROGRAMA:*

23 de Abril (6ª feira):

Partida para a aldeia do Rosmaninhal em transportes particulares.

*Itinerário: *Ir pela* *A23 até Castelo Branco, seguir pela EN - 18-8 –
Castelo Branco - Malpica do Tejo.
Estrada Regional – Malpica do Tejo, Monforte da Beira, Cegonhas, Soalheiras,
Rosmaninhal.

*Alojamento*: Casa da Quercus (Rosmaninhal) e residencial Turistiago
(Ladoeiro).**



24 de Abril (Sábado):

*9h30m:* Pequeno passeio pela aldeia do Rosmaninhal.

Povoação que usufruiu de certa importância até ao séc. XIX, principalmente
por deter uma posição estratégica em relação à fronteira com Espanha. Foi
sede de concelho até 1840. Tem a particularidade de estar dividida em duas
partes: a zona antiga (com o pelourinho do séc. XVI que é um dos mais
bonitos da Beira Baixa, a casa da Câmara, o largo da guarita, a Igreja
Matriz e perto desta, existiu outrora uma fortaleza mandada reconstruir, por
D. João IV, durante a Guerra da Restauração) e o exterior da freguesia
(arrabaldes), com habitações e moradias mais recentes.
No Rosmaninhal predominam várias capelas (a de S. Roque, da Misericórdia, do
Espírito Santo e de S. João, Santo António, S. Pedro e a capela das Santas),
todas elas com um tipo de construção bastante interessante.

*10h:* Passeio de carro pela freguesia do Rosmaninhal. Observação de montado
de azinho, rosmaninho, estevas e áreas agrícolas. Ponto mais alto,
assinalado pelo marco geodésico ("Ovelheiros"). Passagem pelas aldeias de
Cegonhas, Soalheiras e Couto das Correias.

*11h:* Inicio de caminhada a partir das ruínas de Alares até ao rio Tejo.
Percurso de cerca 10 km; grau de dificuldade médio.

A aldeia de Alares, abandonada em 1925, data em que os seus habitantes foram
expulsos pela população do Rosmaninhal, na sequência de uma questão de posse
de terrenos. Restam apenas casebres de xisto, muros, fornos e outras
estruturas, quase todas sem telhado, espalhadas numa área mais baixa, que se
avista de longe; mas o silêncio e o abandono estão personificados em cada
pedra, tornando o lugar dramático.

A paisagem é dominada por uma vasta área com rosmaninho e azinheiras.
Pode-se observar aves como a cotovia-de-popa, o chasco-ruivo, a poupa, o
chapim-azul, o mocho galego, o trigueirão, etc.

*12h:* Chegada ao Centro de Estudos de Natureza dos Alares. É uma
infra-estrutura que até à década de 1980 serviu de posto da Guarda Fiscal.
Em 1990 este conjunto edificado foi emprestado à Quercus pelo Instituto de
Conservação da Natureza (ICN), e desde então tem servido de apoio a
actividades da associação. Daqui partem vários percursos, entre os quais, o
do observatório.

O percurso leva-nos ao Observatório de Alares com um soberbo panorama sobre
o rio Tejo internacional, podendo-se observar o voo majestoso de aves de
rapina (águia-real, águia-de-Bonelli, etc.), sentir as cores e aromas da
vegetação nativa (esteva e rosmaninho) e desfrutar do silêncio.

*13h: *Chegada ao ribeiro da Fonte Santa junto ao Tejo, almoço (farnel) com
uma linda vista de rio. Do outro lado do rio avista-se terras de Espanha.

*14h: *Continuação da caminhada.

*15h30m:* Chegada a Alares e fim de caminhada.

*16h:* Passeio de carro pelo campo na freguesia do Rosmaninhal. **

*18h: *Regresso ao Rosmaninhal e fim de programa.

*20h:* Jantar.



25 de Abril (Domingo):

**

*9h: *Passeio de carro até Segura.

É uma antiga fortaleza fronteiriça situada no alto de um cabeço granítico e,
segundo alguns historiadores, Segura constituiu dote de casamento da Rainha
Santa Isabel, tornando-se vila portuguesa a partir de 1282. Separada de
Espanha pelo rio Erges mas, ligada a esta pela ponte romana (posteriormente
reconstruída em várias épocas), Segura foi um dos lugares e castelo da Beira
em foco durante as guerras entre Portugal e Castela no reinado de D.
Fernando. Foi sede de concelho até 1836.
Apesar dos terrenos xistosos, Segura usufrui de uma fauna e flora muito
ricas. Um passeio ao longo das margens do rio Erges, de certo, lhe
proporcionará agradáveis surpresas (encontro com ninhos de águias, grifos,
cegonhas pretas, etc...).

Dentro da localidade, suba junto à torre sineira e desfrute de uma
deslumbrante paisagem sobre toda a povoação e campina. Visite a Igreja
Matriz, a Igreja da Misericórdia (anterior ao séc. XVII e com um bonito
altar-mor em talha dourada), o pelourinho Manuelino (com pérolas e 4
escudos, armas reais, cruz de Cristo e esfera armilar), a porta de baixo
(resto da antiga muralha é a entrada sul da povoação construída por D. João
IV) e nas mediações está a ermida de Santa Marinha (séc. XVI) local de
romaria onde afluem muitos peregrinos (oito dias após a Páscoa). **

*10h30m:* Início do percurso pedestre PR 4 “Rota das Minas”. Distância de
9 km; grau de dificuldade médio.

http://www.cm-idanhanova.pt/turismo/pdf/pr4_rota_minas.pdf

Partiremos junto ao canhão fluvial do rio Erges, caracterizado por possuir o
maior afloramento rochoso de origem granítica na região do Tejo
Internacional, assume especial relevância por constituir um importante local
de nidificação e de repouso para várias espécies de aves necrófagas e
rupícolas como o britango Neophron percnopterus, a águia de Bonelli Bonelli
Hieraaetus fasciatus, a águia-calçada Hieraaetus pennatus e a águia-cobreira
Circaetus gallicus. Neste singular património paisagístico, onde os efeitos
da erosão das águas do rio Erges formaram três gargantas numa curta
distância, podem ainda observar-se diversas espécies de andorinhas
Hirundinidae, o melro-azul Monticola solitarius, o
borrelho-pequeno-de-coleira Charadrius dubius, o guarda-rios Alcedo atthis,
o abelharuco Merops apiaster, bem como diversos passeriformes.

*13h: *Fim da caminhada. **

*13h30m: *Passeio de carro até Salvaterra do Extremo.

Situada junto da fronteira com Espanha e de origem muito antiga, foi um
reduto fortificado pelos romanos e pelos árabes. Seria, posteriormente,
sobre estas ruínas que D. Afonso Henriques mandaria construir o castelo. D.
Sancho II atribui-lhe, em 1229, foral. Existiu como concelho até 1855,
altura em que foi anexada ao concelho de Idanha-a-Nova. Das regalias
municipais de outros tempos, conserva como testemunho, o pelourinho pois, do
seu castelo e fortaleza já nada existe.

Durante séculos, a aldeia de Salvaterra do Extremo foi uma vigilante atenta
da Raia, em despique com a fortaleza espanhola vizinha de Peñafiel, que se
situa junto ao rio Erges internacional.

*14h30m: *Pequeno passeio pedestre de 2 km até ao rio Erges por calçada
romana entre muros e com vista para olival.

Vale a pena apreciar as ruínas da capela de S. Pedro.

Á beira do rio Erges surge a imponente vista das gargantas, com as ruínas do
castelo espanhol de Peñafiel no topo das fragas rochosas. Esta zona é
território de várias aves de rapina.

À medida que nos aproximamos do rio tornam-se visíveis dois moinhos nas suas
margens.

*16h30m:* Fim de programa.



*Preços:*

- Com alojamento na casa da Quercus:

em quarto múltiplo (3 ou 4 pessoas): 50 € por pessoa; Quarto de casal: 120
€.

- Com alojameto na residencial Turistiago:

Quarto individual: 80 €; Quarto duplo ou de casal: 140 €.

*O referido preço inclui*: 2 noites de alojamento, passeios e caminhadas
referidos no programa e seguro.

O custo da deslocação é por conta dos participantes. Há possibilidade de se
combinar boleias para partilha de custos.

Levar farnel, água, roupa confortável e calçado adequado para os almoços de
Sábado e Domingo.

Possibilidade de alimentação vegetariana para quem o solicitar.

Existe cozinha na casa da Quercus havendo assim a possibilidade de se
cozinhar o jantar de Sábado.

Há vários restaurantes na freguesia do Ladoeiro onde se pode jantar.

Para *inscrições* e mais informações enviar mail para
migcostaper@gmail.comou contactar 914907446 / 967055233.

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