segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Aumentam as falências nos distritos do Interior
No total, faliram 304 empresas, de Janeiro a Junho
O número de empresas declaradas falidas ao longo dos primeiros seis meses do ano diminuiu, em relação a igual semestre do ano passado. Apesar desse recuo, os distritos do Interior contrariaram o bom comportamento evidenciado pelas estatísticas gerais para o país e viram aumentar a declaração de insolvência para empresas neles instaladas, de acordo com dados da Coface a que o JN teve acesso.

Mas, em termos de falências definitivas declaradas pelos tribunais, Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu e Castelo Branco, ou seja, distritos do Interior Norte e Centro, destacaram-se pelos piores motivos, com o número de falências a aumentar, à semelhança, aliás, do que ocorreu em outros distritos do Litoral das duas regiões, como foi o caso de Viana do Castelo, Aveiro e Leiria. Faro foi o único ponto do Sul a registar um aumento nas falências.
No total, faliram 304 empresas, de Janeiro a Junho, menos 123 do que em igual semestre de há um ano.

Nos seis primeiros meses do ano, 522 empresas apresentaram o pedido para lhes ser declarada falência (mais 94,8% em relação ao primeiro semestre de 2006), e 1115 declarações de insolvência foram requeridas por fornecedores, número que corresponde a quase o dobro (mais 98,4%) face ao semestre homólogo anterior.

Para esta vaga de pedidos, a Coface, empresa internacional de consultoria, aponta a redução dos investimentos do Estado, o aumento das taxas de juro e a maior eficiência fiscal como principais factores que terão contribuído para as empresas encontrarem dificuldades de pagamento.

O distrito do Porto manteve a liderança em termos de número de empresas declaradas falidas, mas mesmo assim conseguiu reduzi-las para 83 (menos 55).

Lisboa teve a maior redução nas falências (menos 58), contabilizando um total de 36 encerramentos. Setúbal posicionou-se em terceiro lugar, com menos 21 declarações de insolvência.

Por sectores, a indústria transformadora, o comércio por grosso e a construção ocupam o topo na lista das falências, mas, no semestre em causa, houve diminuições em todos os ramos de actividade, à excepção da indústria extractiva, onde existiu apenas mais um caso. Kaminhos
11-08-2007
JN

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